Como eu descobri a Mágica.
Acordas às dez prás sete
O frio mora para lá do lençol
Tá contigo a mais que tudo
Lá fora o dia ainda é mudo
Mas a previsão era brutal
Saltas fora do teu ninho
E ligas o celular
Expectante rezas baixinho
Até que telefona o Zinho
-"Tá metro e meio tubular".
Apressas a companheira
Que já não quer acreditar
E dirige-se á banheira
Tu topas a sorrateira
E soltas um: -"Sugar...nem pensar."
Descem a escadaria
E ela sempre a atrofiar
Até que tropeça e enfia
O teu "tail" na pedra fria
E ainda um riso deixa escapar
Dá-se a inevitável explosão
Que "não dás para aguentar"
Recorres ao palavrão
Orgulhosa "enfia-te" a mão
E vai pra casa da mãe chorar.
Hoje o pico é todo teu
Surfas até rebentares
Sentes os elementos em reunião
E não ouves o habitual sermão
Quando atrasado chegares
Mais tarde dás-lhe o teu toque
Que ela te fez um faltão
Ela sente o sal no corpo
Resiste, mas dá para o torto.
Agarra-la e..."Ah Leão"
No Natal prá tua prenda
Descem à arrecadação
Adivinhas no seu riso
Vais entrar no paraíso
Ela comprou-te "o" pranchão.
Confessa meio sem graça
Pede desculpas tardias
Ia comprar-te um relógio,
Mas depois do Episódio
Acho q´era isto que querias
Agora vejam amigos
Quão fã sou da "quincadela"
Com Surftech nada acontecia
Surfava nem meio dia
E a mágica nem vê-la!
Thursday, December 15, 2005
Sunday, December 11, 2005
Afirmas que brigámos. Que foi grave.
Que o que dissemos já não tem perdão.
Que vias deixar aí a tua chave
Que vais á cave içar o teu malão.
Mas como destrinchar os nossos bens?
Que livro? Que lembrança? Que papel?
Os meus olhos bem vês, és tu que os tens.
Não te devolvo- é minha!- a tua pele.
Achei até um sonho, já muito velho,
Não sei se o queres levar, já está no fio.
E o teu casaco roto, aquele vermelho,
Que eu costumo usar quando está frio?
E a planta que eu comprei e tu regavas?
E o sol que dá no quarto de manhã?
É meu o teu cachorro que eu tratava?
É teu o meu canteiro de hortelã?
A qual de nós pertence este destino?
Este beijo era meu? Ou já não era?
E o que faço das praias que não vimos?
Das marés que estão lá à nossa espera?
Dividimos ao meio as madrugadas?
E a falésia das tardes de Novembro?
E as sonatas que ouvimos de mãos dadas?
De quem é esta briga? Não me lembro.
Rosa Lobato Faria
Que o que dissemos já não tem perdão.
Que vias deixar aí a tua chave
Que vais á cave içar o teu malão.
Mas como destrinchar os nossos bens?
Que livro? Que lembrança? Que papel?
Os meus olhos bem vês, és tu que os tens.
Não te devolvo- é minha!- a tua pele.
Achei até um sonho, já muito velho,
Não sei se o queres levar, já está no fio.
E o teu casaco roto, aquele vermelho,
Que eu costumo usar quando está frio?
E a planta que eu comprei e tu regavas?
E o sol que dá no quarto de manhã?
É meu o teu cachorro que eu tratava?
É teu o meu canteiro de hortelã?
A qual de nós pertence este destino?
Este beijo era meu? Ou já não era?
E o que faço das praias que não vimos?
Das marés que estão lá à nossa espera?
Dividimos ao meio as madrugadas?
E a falésia das tardes de Novembro?
E as sonatas que ouvimos de mãos dadas?
De quem é esta briga? Não me lembro.
Rosa Lobato Faria
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