"Sei que andas por aí,
oiço os teus passos em certas noites,
quando me esqueço e fecho as portas começas a raspar devagarinho,
ás vezes rosnas, posso mesmo jurar que já te ouvi a uivar,
cá em casa dizem que é o vento,
eu sei que és tu,
os cães também regressam,
sei muito bem que andas por aí."
Manuel Alegre
"Cão Como Nós"
Monday, March 27, 2006
Wednesday, March 08, 2006
Contar-te
Gostava que os assinasses
Estes poemas são teus
Relatos do que deixastes
Ver do que algum Deus te deu
Quem pendurou na parede
Ou imprimiu num postal
Um texto critica de Arte
D´uma obra prima brutal?
E projectar numa tela
Durante um´hora e tal
Um Rectângulo "quadrado"
D´um crítico de jornal?
Comer página de receita
De um doce desse Batel
Pode ter outra meleita
Do que saber a papel?
Assim, tu és quando estás
E "estar" tu fazes com Arte
Sei-te de trás prá frente
E escrevo só pra contar-te.
Gostava que os assinasses
Estes poemas são teus
Relatos do que deixastes
Ver do que algum Deus te deu
Quem pendurou na parede
Ou imprimiu num postal
Um texto critica de Arte
D´uma obra prima brutal?
E projectar numa tela
Durante um´hora e tal
Um Rectângulo "quadrado"
D´um crítico de jornal?
Comer página de receita
De um doce desse Batel
Pode ter outra meleita
Do que saber a papel?
Assim, tu és quando estás
E "estar" tu fazes com Arte
Sei-te de trás prá frente
E escrevo só pra contar-te.
Tuesday, March 07, 2006
Saturday, March 04, 2006
Desencontros
Onde é esse lugar
Bem marcado com um poste
À bandeira hastear
Onde vou porque tu foste
Explica-me sem mais rodeios
Dá-me um mapa,um caminho
Não me contes os anseios
Que eu descubro-os sozinho
Dá-me uma pista, um sinal
Dois dedos de orientação
Melhor que nada, afinal
Dois dedos da tua mão
Ficar parado é morrer
Mas andar sem ter um norte
Ás voltas andar sem querer
É de achar-te assim com sorte.
Onde é esse lugar
Bem marcado com um poste
À bandeira hastear
Onde vou porque tu foste
Explica-me sem mais rodeios
Dá-me um mapa,um caminho
Não me contes os anseios
Que eu descubro-os sozinho
Dá-me uma pista, um sinal
Dois dedos de orientação
Melhor que nada, afinal
Dois dedos da tua mão
Ficar parado é morrer
Mas andar sem ter um norte
Ás voltas andar sem querer
É de achar-te assim com sorte.
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