Tuesday, December 28, 2004

Ouço-te agora riscada
Soluços, meros soluços
Que me trazem a melodia original

E leio-te agora
Nas páginas que o progresso não deixa amarelar

Também te vejo, em cada lugar comum
E noutros

Tocas-me numa história
Das que começam a meio
Nas quais adormecias ao meu lado

Começou para não acabar
Mas não terá tudo um fim?
Diz-me que sim.



Thursday, June 17, 2004

Conversas banais escondem-me de tudo
Represento um surdo mudo
Represento tudo
Tudo

Perco-me em poesias
putas ironias verdadeiras
rebento com as primeiras
e depois?
depois?
ficaram somente as videiras
que todo o néctar que sorvi
foi das rameiras
puras piranhices trapaceiras
que não só enganam quem quer
como a mulher que vier
pagará como as primeiras.

Friday, May 21, 2004

Fascículos do Pseudo

Quando o dia que passou se torna involuntariamente parte do Grande Arquivo apercebes-te de que a sua lombada, aparentemente imune ao tempo, cedeu ao seu infugaz destino e, efectivamente cresceu.
Cresceu e onde antes cheiravas o branco imaculado, agora, amarelou.

Thursday, February 05, 2004

Diz-me que nasceste outra vez
Que a condutividade da embriaguez é brutal
Que só tiveste espaço para um
E que nenhum se instalou assim

Diz me que sim
Porque sim
Porque não houve explicação

E nem a razão
Traidora e serviçal
Parece ser solução

Nem o tempo
O antes ou depois
Te assalta a intenção
Só imaginação

Desconheces pára-raios
Pára-quedas são em vão
Se houver que pisar em falso
Só chão.

Wednesday, January 28, 2004

Caminho

Se eu fosse tu
Seria o meu
Indubitavelmente.
O teu.

Se eu visse o que tu vês
E o que tu sentes
E se as correntes
As que te levam
Me levassem igualmente
Subsequentemente
Seria o meu
Indubitavelmente
O teu.

Tuesday, January 27, 2004

É brutal!
Schhhhiuuu...




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Miss Jana Productions

Friday, January 23, 2004

Ah!
Mais um.
E tão evidente...

Este "Noit´" foi tudo menos convincente.
Frio foi.
Falso não.
Incompetente.
E francamente,
Sinto quando uma mala parte para lugar nenhum.
Uma mala.
Nenhum.

Foram três ao todo.
Os que vi.
Os que senti.
E a ti.
Do outro lado.

O segundo,
Sim, porque nenhuma ordem me é imperativa...
O segundo,
Não sei se por alusão temporal, foi fugaz.
1 segundo.
O segundo.

O primeiro esqueci.
Mas conta.

Thursday, January 22, 2004

Claro que sim.
Porquê?
Sei lá...
O que li não me ajuda agora em nada.
O que vi talvez, mas de uma prisma que não o teu.
O meu. Bem mais lúcido.
Consciente?
Sim.
As tuas revelações, de tão amarelas, são automaticamente postas de parte.
Já o tinham sido antes.
Automaticamente?
Sim.Claro que sim.

Wednesday, January 21, 2004

A não esquecer:

Até a grandiosidade de David foi puramente contextual.

Monday, January 19, 2004

"É proibida a entrada a quem não andar espantado de Existir."